domingo, 26 de agosto de 2012
Aracati em Foco: Caninha Verde da Quixaba é atração no "Povos do Ma...
Aracati em Foco: Caninha Verde da Quixaba é atração no "Povos do Ma...: O Grupo Folclórico Filhos da Quixaba foram à Caucaia, mais precisamente ao SESC Iparana, onde participou pelo segundo ano consecutivo ...
Gerontologia Social e Turismo para Terceira Idade
O ENVELHECIMENTO É UM PROCESSO DE MODIFICAÇÃO, QUE SE DESENROLA TANTO NA AREA BIOFISIOLOGICA COMO NA AREA PSICOSSOCIAL. È UM PROCESSO BASICO DE TODO SER VIVO E ATÉ DA MATERIA.
O TURISMO VEM TRABALHANDO ESSE DESENVOLVIMENTO SOCIAL...
O Chile é considerado referência em turismo para a Melhor Idade por oferecer há mais de 10 anos o programa Vacaciones Tercera Edad (VTE). Assim como o Viaja Mais Melhor Idade (VMMI), o programa chileno oferece pacotes customizados para seu público, com uma programação exclusiva, que vai desde o tipo de hospedagem escolhida, até o cuidado com o que é servido em cada refeição, atendimento diferenciado etc. Nos programas dos dois países, o preço é considerado fundamental. Além de contemplar vários serviços, os pacotes devem ser acessíveis a todos os bolsos.
Como funcionará o intercâmbio?
O acordo entre Brasil e Chile resultará na oferta de pacotes para brasileiros visitarem o país vizinho, assim como de chilenos virem para o Brasil. A parceria prevê a viagem de pelo menos 500 turistas de cada país por ano, mas os profissionais envolvidos acreditam que este número possa ser facilmente superado.
O que os brasileiros e os chilenos poderão conhecer?
Para os brasileiros, são oferecidos dois tipos de pacotes: um contemplando Santiago, Viña del Mar e Valparaíso e outro visitando Santiago, Pucón e Villa Rica. Entre os atrativos, neve, vinícolas e parques nacionais. Para os chilenos, serão oferecidos pacotes para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, além de destinos no litoral dos dois estados.
Especialização: MBA em Gestão Hoteleira & Eventos Turísticos
PARTILHO COM TODOS MAIS UMA ETAPA ACADEMICA......
PÓS GRADUADA PARTO EM BUSCA DE UM MESTRADO
Maracatu Incrementando o Calendário de Eventos Cultural
JORNAL DIARIO DO NORDESTE:
Porta-vozes do Carnaval de Fortaleza, os grupos de Maracatus aliam tradição e renovação
Uma rainha loura, jovem e mulher. Assim o Maracatu Áz de Ouro dá sequência à tradição que remonta às congadas dos escravos negros do final do século XVII e que no final do século XIX começou a apontar às formas atuais. Ainda que defensor dos moldes tradicionais de batuque e indumentárias, o Áz de Ouro também renova-se, com uma nova geração de diretores, aumento da participação feminina (que antes eram proibidas de desfilar e hoje representam 80% dos brincantes) e buscando incrementar a cada ano suas indumentárias.
O grupo foi fundado em 1936 por Raimundo Alves Feitosa, também conhecido como Raimundo "Boca Aberta", até pouco tempo tinha à frente o conhecido e respeitado Mestre Juca do Balaio, como balaieiro e presidente; e mestre Zé Rainha, como rainha do maracatu. Sucessora de Zé Rainha, Maria Lucilene Magalhães, a Luci, herdou dos mestres a missão de dar continuidade a tradição, assumindo além da função de rainha no cortejo, a presidência da agremiação. "Eu cresci aqui, via o maracatu ensaiar, mas não tinha muita proximidade. Carnaval, para mim, era viajar, descansar", conta. Nem a falta de ligação ancestral, nem de envolvimento desde a infância, nada disso foi empecilho para quem em 2005 ela fosse convidada pelo próprio mestre Juca a entrar para a diretoria da agremiação e, na sequência, a presidência e o posto de rainha. "Entrei aqui no final de 2005 e em 2006 eu já saí de baiana", lembra.
Pedagoga e líder comunitária, ela abandonou as salas de aula e passou a atuar na comunidade a partir da agremiação. Luci aponta o maracatu como um divisor de águas em sua vida. Tímida confessa, ela garante que ao entrar na avenida com o rosto coberto pelo negrume e devidamente paramentada, perde completamente o medo e assume sua entidade. Foi no maracatu, também, que ela conheceu seu esposo, Marcos Gomes, com quem atualmente divide as responsabilidades do grupo, atuando como vice-presidente. "O maracatu também tem dessas coisas", ri.
A rotina do barracão é intensa na correria contra o tempo para que, no Carnaval, esteja tudo pronto para o espetáculo. "Durante o ano é mais tranquilo, porque a gente trabalha mais com apresentações. A gente só começa realmente os trabalhos no mês de novembro. Antes disso, só trabalha na roupa do rei e da rainha, porque é o mais demorado, que a gente gasta mais", explica. Após a escolha do tema, completa Luci, começa-se a trabalhar a loa, canto do Maracatu que é entoado durante a apresentação, e a ensaiar o batuque. "Aqui, este ano, estão sendo feitas todas as fantasias. São 250 brincantes. Eu estou com quatro costureiras e cinco aderecistas, fora as pessoas que chegam, os brincantes, fazendo colares, ajudando fazendo colagens, coisas mais simples", detalha. Além dos brincantes, 35 percussionistas compõem o batuque do maracatu, entre adultos e crianças.
A sucessão do Mestre Zé Rainha como rainha do maracatu, para Luci, é uma honraria à parte dentro de sua passagem pelo Áz de Ouro. "Para mim, ele foi uma das melhores rainha do Carnaval que Fortaleza já teve. É uma pessoa que dedicou 50 anos de sua vida ao maracatu. É uma responsabilidade muito grande", diz. Ela começou substituindo o mestre em apresentações fora do período de Carnaval, quando ele não podia desfilar. "A partir daí, eu fui pegando jeito", diz. Entre os ensinamentos herdados, ela aponta a forma de se movimentar, gesticular e sorrir para o público. "Em 2007, eu já saí como rainha oficial do Áz de Ouro. No início, as pessoas achavam que era o Zé Rainha", lembra.
Até o dia anterior ao desfile, tem quem passe o tempo inteiro no barracão acertando os últimos detalhes. "O carnaval hoje significa para mim muito trabalho, mas é muito gratificante depois que você bota todo mundo na avenida. Mais gratificante ainda quando você vê o povo chorar quando você passa", define a rainha do grupo, sem esconder o sorriso.
Tradição
Defensora da manifestação como um dos grandes símbolos da cultura popular no Estado, ela sustenta a manutenção de traços característicos como o negrume que cobre a pele dos brincantes, a batida arrastada dos tambores e a indumentária utilizada pelos personagens. "A gente procura manter a aquela tradicionalidade da rainha, com peruca de cachinho e não de cabelo solto", exemplifica, lamentando ainda mudanças como o uso do baque virado (marca do maracatu pernambucano) por algumas agremiações.
Luci provoca ainda os dirigentes de outras agremiações a juntarem forças para fortalecer o maracatu, cobrando mais apoio da rede pública e mesmo dos meios de comunicação. "Não querendo tirar o brilho de blocos, das escolas, mas o domingo na Av. Domingos Olímpio dá 40 mil pessoas. É o dia que lota mais. Enquanto que na Praia de Iracema, que é muito mais divulgado na TV, dá 15 mil. Isso são dados da Polícia Militar", dispara a brincante.
Ansiosa pelo desfile deste domingo, ela deixa ainda o testemunho daquilo que é combustível, renovando ano a ano sua paixão pelo carnaval: "O maracatu tem uma magia. Quando você começa a se arrumar, você pinta o seu rosto, é como se você encarnasse aquele personagem que está ali.
Vem aquela coisa e você se transforma".
SAIBA MAIS
Programação dos desfiles dos Maracatus para hoje
16h30 - Maracatu Nação Pici
17h - Maracatu Nação Iracema
17h40 - Maracatukizomba
18h20 - Maracatu Nação Axé de Oxossi
19h - Maracatu Nação Fortaleza
19h40 - Maracatu Vozes da África
20h20 - Maracatu Solar
21h - Maracatu Rei de Paus
21h40 - Maracatu Az de Ouro
22h20 - Maracatu Nação Baobab
23h - Maracatu Rei do Congo
23h40 - Maracatu Rei Zumbi
0h20 - Maracatu Filhos de Iemanjá
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